sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

[SEM][TÍTULO]

Boa-tarde!

Caramba, o ano está se encerrando cheinho de coisas estranhas,acontecimentos chatos, situações embaraçosas,despedidas...

...e infinitas esperanças.

É, coloquei na cabeça que tudo pode dar errado,tudo pode sair dos eixos,tudo pode desabar,mas minha esperança não perco por nada, nadica de nada!

Esperar...

passei a usar esse verbo desde criança, quando esperava pelas datas especiais para ganhar presentes de minha mãe!E cresci sempre esperando.Mas também fiz acontecer muita coisa.É, porque esperar por algo que não temos expectativa se acontecerá/virá, é total perda de tempo!

E esperar tem seu lado bom:testamos nossa paciência. Aliás, ando impaciente pra chuchu, mas tenho tentado mudar esse gênio indomável...rs

Fim-de-ano é começo de vontades.Sempre esperamos realizar coisas fantásticas, sempre esperamos mudar uma atitude que em nós é chata, enfim.Sempre queremos mudanças.

E eu cá, penso: o que me espera?

Faço planos, os mais 'pé -no- chão' que possam existir,mas não tem jeito, sempre queremos além,nunca aquém. E ano-novo pede prosperidade e saúde,sempre mais.E na real mesmo devíamos pedir mais caridade,mais divisão...É,dividir com outras pessoas o que temos, nem que seja uma boa piada.

Alías, falando em piada [é, porque às vezes vejo minha vida como uma grande piada!], tenho dito repetidamente aqui a questão da solidariedade.Não temos,é verdade.Mas é algo q me incomoda, a passividade das pessoas!Não me sinto cômoda por ver pessoas cômodas!Deveria me sentir,mas parece que aí que o meu ser grita, se sacode querendo explodir!

Intensidade.Muito prazer,meu nome é intensidade.

Poderia me apresentar às pessoas assim. Vivo como se o amanhã não fosse existir.Não que eu queira fazer tudo que penso[daí iriam me achar louca,no mínimo], mas ao meu modo busco amenizar situações, redirecionar o caos, pensar,pensar,pensar em como tudo poderia ser diferente. Daí vejo que deveria ter uma montanha de dinheiro e sair consertando a vida de todo mundo! Daí penso de novo e vejo que podemos modificar nosso meio sem ter uma montanha de dinheiro!Basta ter uma montanha de mãos!! E como só tenho duas, percebo então que pra realizar o que quero não depende somente de mim, preciso do outro.Aí danou-se!

E então me perguntou? O que há de fazer??E me recordo da fábula do passarinho que, diante da floresta incendiada, vai de vôo em vôo, com água no bico, tentar salvar a mata das queimadas.E diante dessa ação, um outro bichinho que não lembro qual, pergunta a ele o por quê disse tudo se ele sozinho não iria conseguir salvar a floresta. E ele responde: 'posso não salvar a floresta das queimadas, mas terei feito a minha parte'. Sou péssima pra contar histórias, mas é bem por aí.

Todos nós, diante de tanta coisa ruim acontecendo, temos a sensação de impotência,de que não nada poderá ser feito, que o caos já está instalado e que só resta lamentar.E então devemos ter dentro de nós a esperança.A esperança de que podemos sim fazer algo pra mudar o mundo.E se não podemos mudar o mundo, mudemos nossa cidade, se não, o bairro, se não, nossa rua! E se mesmo assim não der certo, mudemos nós.

E assim, quem sabe, mudando nossa atitude diante das vicissitudes da vida, talvez algo de bom aconteça.Mas só de poder estar vivo,pra mim, já é uma dádiva a agradecer.

Angel.

Um comentário:

Anônimo disse...

sinceramente, não consigo viver os dias como se esses fossem os últimos... vivo o hoje pensando no amanhã... e o amanhã no depois-de-amanhã... intrigante isso...
sempre correndo, correndo... para onde?
talvés pela ânsia de um mundo metafísico, ou pelo simples medo de morrer...
mas ao entrar os próximos anos, continuaremos da mesma maneira: buscando objetivos, traçando metas, pois é assim que se resume a vida. A vida deve ser mesclada de dores e alegrias... uma vida só de dores não é agradável, pois precisamos de algum tipo de deleito, e uma vida só de alegrias é uma vida sem metas, sem objetivos, sem buscas, sem emoções...

beijos, Evan.