QUE SE DANEM OS NÓS

Hoje escutei a canção  Que se danem os nós, na voz de Ana Carolina, e achei a letra muito pertinente no que se refere ao que eu vivi e vivenciei nos últimos tempos. Sabe aquela coisa meio "olho a cidade ao redor e nada me interessa"? Pois é. Ainda está um pouco assim. Ainda sinto as sequelas de uma mudança. Talvez mais interna que externa. O que está dentro de nós é mais complicado de ajeitar do que o que está fora. Fora é superficial, é fácil engambelar. Mas, como diz a canção do título,


"Vim gastando meus sapatos
Me livrando de alguns pesos,
Perdoando meus enganos,
Desfazendo minhas malas.
Talvez, assim, chegar mais perto.
Vim, achei que eu me acompanhava
E ficava confiante;
Outra hora era o nada
A vida presa num barbante
E eu quem dava o nó (...)" - Que se danem os nós


Sabe quando você acha que pode suportar o mundo nas costas? Pois é, eu achava. O peso caiu sobre mim, e foi pesado. Não pesei nada, nem as consequências disso tudo. Já fiz e refiz muita coisa na vida, principalmente malas! In-crí-vel! Isso mesmo, minha casa era uma mala. Onde você mora? Eu respondia: "- Não sei dizer." E isso se estendeu por muito, mas muito tempo. Um dia chutei o pau da barraca, o balde, enfim... Saí por aí, arriscando, confiando em mim, apenas. Achei que tudo iria dar certo. Ledo engano?


- Game over, baby?


Putz, será? Eu dei muito nó em mim mesma, mas hoje tudo está mais claro, mais céu aberto, sem nuvens. Posso  ver claramente, sacas? E por isso eu quero dizer: "- Que se danem os nós, porque nada pode mais me impedir de seguir em frente." Mas há um detalhe: agora não estou sozinha. As decisões, eu coloquei nas mãos dEle. A partir daí, eu sei que não me enroscarei em nada. À deriva, eu estive. Agora, nem maremoto me abala. Posso andar sobre as águas.


Beijo, 
Ange.


p.s.: querido leitor, desculpe a escrita intimista, subjetiva. Não sei se entendeu direito o que eu quis dizer, mas era o que eu queria me dizer.