segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Com Licença Poética
Adélia Prado

Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta,
anunciou:vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e ora sim, ora não,
creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo.
Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos- dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição
pra homem.Mulher é desdobrável. Eu sou.

pro dia de hoje, que começou no perrengue,mas no fim vai dar tudo certo...
é, tem dia que você acorda com vontade de continuar dormindo.não que o mundo seja mau, que você tenha atropelado um cachorro na rua,o café tenha derramado justamente na sua blusa branca,o seu chefe esteja com a macaca...tem dia que quero ficar na cama só pelo fato de estar.estar parado.pensando...
em quê? ainda não sei.teria que ficar na cama pra saber.e como tive que levantar,não sei no que estaria pensando...
quanta bobagem.mas de qualquer forma, minha manhã foi enjoadinha,mas já tudo bem.e esse poema da adélia,eu amo ele todo.lindo.só isso.e é a minha cara.
.
angel.

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