sexta-feira, 30 de novembro de 2007

"NEM SEMPRE AS COISAS BOAS DA VIDA TÊM PEDIGREE."
[matéria de capa da Revista Vida Simples, ed. Abril]



Esta semana eu terminei as audiências em Marabá/PA e aproveitei e fui comer algo antes de voltar pra casa. Daí, parei em frente a uma banca de revistas e olhei algumas manchetes. Esbarrei-me na revista Vida Simples, que confesso que não conhecia até então. O título me foi muito interessante, cujo tema sempre compartilhei. Pensei em levar pra casa, mas achei o preço meio salgado: R$ 9,90. Tá, esse valor não é um valor que de repente me faria falta, mas resolvi ler pela internet, já que o acesso é livre ao texto.

Assim, somente hoje pude fazê-lo. A reportagem é de Márcia Bindo, e nos faz refletir muito sobre o que nos é valoroso, o que nos dá maior prazer. Não quero falar tudo que alí encontrei, naquela matéria fantástica que me fez confirmar o que sempre achei verdadeiro em minha vida, o que sempre me foi realmente importante. Quero apenas compartilhar com os que me lêem que a vida pra mim é simples, as pessoas que eu quero ao meu lado, os bens não são as mais caras materialmente. Não me interesso em ter amizades porque fulano tem uma conta bancária gorda ou um belo carro do ano. Ah, tem tantas coisas melhores do que se preocupar com a mediocridade humana! Aliás, no texto há uma passagem sobre um teste que o jornal The Washington Post fez em uma estação de metrô, onde um famoso violinista[trajando roupas simples e boné] tocou durante 45 minutos e foi praticamente ignorado pelos transeuntes que alí passavam, preocupados apenas com seu dia-a-dia. O que ninguém sabia era que aquele violino está avaliado em cerca de 3 milhões de dólares e que dias antes o Sr. Joshua Bell, o anônimo músico, fizera um concerto onde os melhores lugares custaram 1.000 dólares!

Diante disso podemos inferir que o que realmente as pessoas se preocupam é com status, com todo luxo comprado nas melhores lojas do mundo! Quando o ser humano se desnuda de todo esse luxo, ele se despe também de toda singularidade, transformando-se em um ser qualquer no meio da multidão.

A importância é algo que na verdade pode se comprar, mas a felicidade que isso pode proporcionar é bem relativa. Claro que não quero dizer que viver bem, com algumas regalias, não seja importante, mas não podemos viver sob esse foco, apenas. A vida tem algo além, a vida é algo mais que isso!

Ufa! Suspiro. Sempre quero mais. Outro dia, conversando com uma amiga, eu disse que não importa o quanto eu ganhava no ano passado, o quanto passei a ganhar este ano e o quanto ganharei daqui pra frente, em termos de dinheiro: nada vai mudar minha essência. E aqueles que mudam, boa gente não é.

Às vezes tenho meus surtos, desejo bens materiais como simples mortais por aí, mas páro e penso: nada substitui um bom coração. Não adianta estar cercado de todo glamour se as pessoas ao seu redor não têm o verdadeiro pedigree. Valioso para mim é o coração bondoso e humilde das pessoas. O resto é acréscimo, minha filha! Se vier, ótimo, se não, ótimo também!

Beijossss!

Ange.

p.s.: para ler a reportagem, todos os créditos para: http://vidasimples.abril.com.br/edicoes/060/01.shtml

ao som de "Call me", by Chris Montez ! Amoooooooooo

Um comentário:

Anônimo disse...

hummm, legal esse texto. ainda não acessei o link da reportagem.

pra mim, o melhor da vida não está só no material, mas também naquilo que o mastercard avalia como "não tem preço", e acho válido: o sorriso de uma criança, um verdadeiro amigo, uma volta no parque com quem você ama, comer amora no pé e se sujar todo, andar descalço na areia da praia e ver o amanhecer... coisas que deixando passar em branco, devido a verdadeira luta que vivemos nos dias atuais: por dinheiro, por status e até mesmo pela sobrevivência.
mas é bom eu deixar claro que as coisas com "pedrigree" também me atraem... captalismo selvagem e necessário, não quero ser hipócrita a ponto de dizer que "dinheiro não traz felicidade": ISSO É BALELA! acho o cúmulo as pessoas dizerem isso.
dinheiro é bom, dinheiro é necessário, dinheiro TRAZ FELICIDADE. sem dinheiro você não vive, não é feliz...
o que não podemos fazer é viver apenas em função do dinheiro, a vida é mais que isso, como disse lá em cima. temos que saber dosar as coisas...

é apenas o que eu acho... só um pensamento.

é isso.

beijos, todos.

ange: te amo!