Sentimentalidades e Afins

" ...é impossível, mas Deus pode mudar

o quadro da minha história.

Mais do que peço sei que podes fazer,

e no Seu braço descansar.

No silêncio vi que não estou só,

Teu amor me atraiu para Ti.

Tua virtude hoje me alcançou,

posso voltar a sonhar..."

Toque no altar - é impossível, mas Deus pode.

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Isso mesmo. É impossível mas Deus pode mudar o rumo de qualquer história. E hoje, quando olho para meu passado vejo que Ele mudou radicalmente tudo em minha vida. Aos olhos humanos pode parecer que não, porque nunca tive uma vida desregrada ao ponto de me fazer tão diferente no vestir, no falar, nos gestos, nas caras e bocas. Deus tem mudado meu íntimo, meu coração, esse lugarzinho que somente Ele conhece. Tão bom sentir isso dentro de mim! Tão bom saber que a cada dia tenho sido uma pessoa melhor! Esta foto aí ao lado foi bem oportuna para o momento. Eu devia ter uns 07 anos quando foi tirada. E esse penteado foi meu pai quem fez. Lembro bem do momento: a escola pediu que fosse entregue uma foto 3x4 e rapidamente lá foi ele me levar até o fotógrafo. Meu pai sempre cuidou bem de mim. Minha família como um todo. E naquele tempo eu nem imaginava que minha vida fosse mudar tanto! Fui uma criança comprometida com os estudos, com as bonecas e acima de tudo adorava brincar de "escolinha". É, sonhava em ser professora...

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Após longos anos descobri um mundo diferente: das letras jurídicas. Foram árduos anos, anos que eu jurava que seriam mais fáceis. Mas não foi. Muita coisa aconteceu, muitas lágrimas correram em meu rosto. Aquela menina que sonhava ter uma vida totalmente isenta de dor e sofrimento havia caído na real. Respirei fundo e segui adiante, tentando fazer tudo por minhas próprias forças. Tudo em vão. E, no resumo da Ópera, percebi finalmente que sou dependente de meu Pai. Mas não do meu pai biológico, mas do meu Pai celestial, Aquele que me guarda, dia após dia. Ah, como é bom saber disso! E hoje, independente de ter crescido um pouquinho -pelo menos na idade...haha!-, vejo que ainda sou pequenina, ainda engatinho pelos átrios celestiais, chamando atenção do meu Pai. E Ele tem me escutado. Deus não faz vistas grossas aos que O buscam em espírito e verdade.Isso tudo me tem feito crescer. E, aos poucos, vou descobrindo que essa dependência me faz livre. Parece paradoxal, mas não o é.

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Quando falo acerca de sofrimentos, falo de um sofrimento que só quem passa sabe descrever. O sofrer não é necessariamente algo visível. As pessoas sofrem de várias maneiras. Eu digo que sofri muito quando digo que não era feliz da forma como eu era antes de conhecer o verdadeiro caminho, o caminho que me resgatou da lama do pecado. E pecar também não resume em algo visível. Posso pecar em coisas mais bobas aos olhos dos homens sem discernimento espiritual. Ser indiferente à dor das outras pessoas é pecar diante de Deus; não falar uma palavra confortante a alguém num momento de dor é pecar também. Jesus pregou o amor, o amor entre os povos. Eu sempre fui durona, mas percebi que Deus me restaurou, colocou-me um novo coração, capaz de sensibilizar diante das situações. Ainda falta consertar muito em mim, mas sei que Deus tem feito a obra em minha vida, tem restaurado sonhos, tem me dado o prazer do agradecimento. A realização existe, mesmo que ainda se tenha algo a fazer, produzir.

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Quando se é criança tudo é simples, quando se cresce, tudo complicado. Quero então voltar a ser criança para olhar para as pessoas com um olhar novo, tenro, ingênuo, até. Quero ter essa sensibilidade. Ser grande é ser um pouco cheio de maldade, e isso eu não quero para mim.

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Beijos a quem me lê sempre.

Ange.

p.s.: ao som de "agnus dei", by michael w. smith.