segunda-feira, 12 de abril de 2010

Cirque du Soleil: o mais belo espetáculo da Terra



statue - vis versa
german wheel


Quidam: um transeunte anônimo, uma figura solitária na esquina de uma rua, alguém que passa com pressa. Isso poderia ser qualquer um. Alguém que vem, alguém que vai, que vive na nossa sociedade anónima. Alguém na multidão, um dos membros da maioria silenciosa. Aquele que, dentro de todos nós, grita, canta e sonha. É este o "quidam" que o Cirque du Soleil celebra. 

Uma jovem enfurece-se; ela já viu tudo o que há para ver e seu mundo perdeu todo o significado. A sua raiva despedaça o seu pequeno mundo e ela encontra-se no universo de Q
uidam. A ela junta-se um companheiro alegre e outro personagem mais misterioso, que vai tentar seduzi-la com o maravilhoso, o inquietante e o aterrador. [fonte: Cirque du Soleil]







Ontem eu e o Evandro fomos assistir ao espetáculo Quidam nesta temporada em São Paulo. Tivemos sorte, porque da última vez que aqui estive não deu pra ir, já que, devido a correria geral em busca de ingressos, sentimos dificuldade para comprá-los. Agora, finalmente, estava eu com eles em mãos e pudemos estar embaixo do picadeiro show circense mais perfeito que já vi. Simplesmente the best! Tudo gira em torno de uma história, digamos assim. Por isso, em cada temporada, há um tipo de espetáculo como este, Quidam. E o curioso é que há uma banda que toca e canta o tempo todo com instrumentos que vão da guitarra ao violino. Por ser um grupo internacional, que inclui até artistas brasileiros, não há falas, apenas gestos. As músicas, em sua maioria são francesas, que eu adoro! E fico bastante feliz por saber que não há um animal sequer preso em grades ou fora delas. Não existe animal no circo. E nem precisa, viu. Tudo é tão bem feito que não conseguimos sentir falta daquelas velhas atrações dos circos de antigamente.

Bom, posso dizer simplesmente que adorei tudo! Eles são fantásticos, merecem a fama que têm. Se Deus quiser, quero ir em tantos outros espetáculos ainda.

Muitos dizem que um show caro, mas ninguém quer ver a estrutura grandiosa daquela trupe. Gente, é muito organizado! Quando você chega à grande tenda, onde tudo acontece, há sempre alguém esperando para lhe indicar o assento. Aliás, logo na entrada do Cirque há sempre um funcionário abordando quem chega, dando informações. E um detalhe que faz grande diferença: os banheiros alí instalados são muito limpinhos. Não sei se é porque limpam o tempo todo ou se as pessoas são educadas, mas encontrei um banheiro sem nenhum papel sujo no chão e sem mau cheiro. Ah, eles possuem lojinhas para vender coisas relacionadas ao Cirque. Como tudo é caro [do meu ponto de vista financeiro...rs], comprei apenas três camisetas e ganhei um chaveiro do Evandro... hehe. Perguntei o preço de um guarda-chuva super fashion, personalizado e tal, mas me espantei com o seu valor, de noventa e nove reais. Há máscaras de cerca de mil e trezentos reais!! Detalhe:  não vimos quase nenhum carro popular...rs  Há sim, muitos importados e carros nacionais de grande valor.

Mas, independente do preço, tudo que alí está foi feito com muito esmero, muito ensaio, muita dedicação. A sintonia entre gestos, atitudes, caras e bocas dos artistas é perfeita com as músicas apresentadas. Fiquei boquiaberta com tudo!

O Cirque du Soleil é uma grande companhia canadense de entretenimento, que além das incursões itinerantes [como esta que está no Brasil e percorre vários outros países], há outras residentes, como as de Orlando e Las Vegas. Ou seja: muita gente envolvida, muitas contas a pagar... E mais: a valorização do artista tem que ser respeitada. Ái, quero fugir com o Cirque du Soleil...rs

Uma pena saber que em nosso país, devido ao valor do ingresso, muitas crianças pessoas não podem usufruir de eventos como esse. E olha, quem tem condições, tire o escorpião do bolso e vá prestigiar. É isso que levamos pela vida afora. Existem pessoas que passam a vida inteira economizando dinheiro para comprar imóveis, bens materiais, e não têm nada de mágico para contar a suas futuras gerações, tampouco o prazer em desfrutar de momentos únicos que talvez nunca vivenciarão em toda a sua existência. Eu não rasgo dinheiro, mas sempre que tenho oportunidade de ir em algum lugar ou assistir a algo lindo, cheio de fantasias e de sonhos, lá estou eu. Como diz Fernando Pessoa, "tudo vale a pena se a alma não é pequena." Viva!

E tudo isso me fez lembrar disto:

Quanto custa um sonho?
Alguma coisa ele sempre custa
muitas vezes muitas coisas ele custa
outras vezes outros sonhos ele custa
Não importam os percalços, os sacrifícios,
os espinhosos enredos. 
Uma vez vivido o sonho,
está sempre num ótimo preço!
Elisa Lucinda, in: “A Fúria da Beleza"


E,

“A vida é curta para ser pequena!”
[Chacal]

Beijo,

Ange.

p.s.: as fotografias do espetáculo Quidam, publicadas neste post, são reproduções de fotos importadas da net. Mesmo sendo proibido, há pessoas mal educadas que tiram fotos do espetáculo, mas, no meu caso, minha câmera ficou paradinha dentro da bolsa.

2 comentários:

Everton Amaro disse...

- Tive a oportunidade de ir de graça, e acabei não indo... Ah...

Ange Rocha S. Abramov disse...

tá de brincadeira, né? nós [eu e evandro] tivemos q pagar uma "fortuna" pra assisti-lo...rs Mas, tudo valeu a pena!! Bom demais. Perdeu, viu!! Hunf!!!

p.s.: mal lhe pergunto ---> tava com dor de barriga? rsrs