quarta-feira, 5 de maio de 2010


E assim sou, fútil e sensível, capaz de impulsos violentos e absorventes, maus e bons, nobres e vis, mas nunca de um sentimento que subsista, nunca de uma emoção que continue, e entre para a substância da alma. Tudo em mim é a tendência para ser a seguir outra coisa; uma impaciência da alma consigo mesma, como com uma criança inoportuna; um desassossego sempre crescente e sempre igual. Tudo me interessa e nada me prende.
Bernardo Soares, in: Livro do Desassossego

Em dias como os de hoje, quando me faltam palavras que dizem realmente como me sinto, gosto de recorrer a eles, os poetas.
Beijo,

Ange.

Nenhum comentário: