quinta-feira, 8 de maio de 2014

Cante pra mim...

Domingo é o dia das mães.

Segundo o mercado consumidor, é a data comemorativa mais rentável para o comércio, perdendo apenas para o natal. Pois é.

Embora não devemos levar tanto em consideração esse mundinho capitalista, já deu para perceber a grandiosidade da data, né?

E pensando nesse dia, parei esta semana para refletir sobre algumas coisas desta vida. E uma delas foi o fato de ter uma mãe. Só quem tem sabe o que é. Difícil imaginar um mundo sem mãe porque ela é o emblema e o significado do que é mais puro e verdadeiro no mundo, ou seja, ela é amor. Já cansei de ouvir que "só sendo mãe para conhecer o verdadeiro amor". Por enquanto eu fico no mundo dos pensamentos, porque ainda não sou mãe. Nem sei se um dia serei. Espero que sim, porque passar por esta vida sem conhecer esse amor tão sublime e incomparável me parece um tanto quanto frustrante, meio fim de linha, sabe? rsrs

Tudo bem, do outro lado há aquelas que nem sonham com isso, que não se vêem com aquele barrigão ou com um filho no colo. Mas isso é para outra postagem (se é que virá! Hehe!), outro dia. Hoje quero falar delas, só delas. Ah, e a postagem é para falar daquelas que amam, porque há as que apenas geram. E essas, para mim,  não são mães. Nem quero falar. Ponto.

Bom, sei que as pessoas crescem. E é engraçado imaginar que minha mãe já foi criança, já brincou como meus sobrinhos brincam e tal... Vejo sempre  uma pessoa adulta, que  parece já ter nascido na idade que ela tem e com o  dom de cuidar, de fazer coisinhas gostosas e, acima disso, fazer tudo por mim. Conto tudo isso no silêncio do meu quarto. E as reminiscências chegam e as lágrimas também.  Lembro bem quando precisei fazer uma operação, já adulta, aliás, quase casada, e ela aqui em casa, cuidando de mim como se ainda tivesse dois anos de idade.  Quando ela foi embora, porque precisava cuidar do meu pai que se encontra com certas limitações físicas, fiquei aos cuidados de uma enfermeira que nem quero lembrar o nome, de tão ruim que foi. No mesmo dia não aguentei ficar sem ela: liguei pra casa chorando e pedi para o meu irmão vir me buscar no mesmo dia que ela foi embora. E ainda à noite, estava eu chegando a casa dos meus pais. Aquele dia foi um dos dias mais felizes da minha vida. Senti tanta proteção que nem sei como descrever. Lembro quando ela falou assim comigo: "Fique com o celular do lado. Se precisar, dá um toque que eu venho". E eu fiz isso várias vezes. De madrugada. Era uma dor nas costas tão grande que ela precisava sair do quarto dela e vir até mim para reposicionar os travesseiros. E ela fez sem reclamações. Isso é ser mãe; isso é ter o colo sempre presente.

Isso é apenas um dos muitos momentos que senti o carinho da minha mãe. Tantas histórias, tantas vivências, tantos choros e alegrias... Já passamos poucas e boas juntas.

Pois é, somente uma mãe sabe cuidar de seu filho. Não adianta, por mais que você esteja cercado por tanta gente que te queira  bem, somente sua mãe pode lhe dar o colo que você necessita. É um carinho diferente. Até a bronca é diferente porque você não fica com raiva! Quando o amor é recíproco, a raivinha passa logo. E é uma raivinha que não deseja o mal, é uma raivinha para pirraçar! Isso é ser filho também.

Esta semana eu recebi uma notícia muito boa e sei que minha mãe está feliz. Isso me enche igualmente de felicidade! Sempre que ela está bem, eu também fico bem. E sei que é recíproco. E tudo fica bem.

Mudando um pouco de assunto, mas falando do mesmo assunto, nesta mesma semana o noticiário me trouxe notícias tristes que envolviam uma mãe de duas filhas. Pensei tanto na tristeza daquelas crianças, do dissabor que é, agora, viver sem a mãe. Explico: no Guarujá/SP, uma mulher foi confundida com uma criminosa e espancada até a morte (entenda o caso aqui). Pois é, ela era inocente.

Hoje, duas crianças estão órfãs de mãe por uma brutalidade sem medida. Muitas coisas passam por minha cabeça. Como é viver sem a presença de uma mãe em tão tenra idade? Difícil imaginar, difícil aceitar.

Elas vão passar o primeiro dias das mães sem ela, a mãe. O vazio deve ser enorme. Restou o pai, e algumas coisas, que antes poderiam ser confidenciadas à mãe, agora caberá ao pai ser o ouvinte. Meras suposições, mas é isso que me passa pela cabeça. Tem coisa que filha só gosta de contar para a mãe, né? Pelo menos é assim que a maioria das mocinhas prefere.

Por mais que haja carinho de todos, o amor de mãe é especial, é diferente.

E nesta semana que antecede o dia dela, que para mim é todo dia, eu rogo por aqueles que  não têm mais a sua mãe por perto. Que o dia deles passe tão rápido, que não haja tempo para a saudade, se é que é possível, porque saudade dói.

E o domingo do dia das mães foi feito para abraços, reuniões e preces por uma vida longa para todas elas. E muito, muito amor. E eu estarei lá com minha mãe no domingo. E sei que vai ser um lindo dia, porque estar com os meus é a melhor coisa do mundo!


"- Que tanto você me ama?

 -  Um tantão.

 - Um tantão quanto?

 - Hum... Daqui até o Japão! Melhor, até a lua!

 - Então tá! Também te amo até a lua!"


Acho que é isso.

Beijo,

Ange.

P.S. : Aproveito para postar uma canção que mexeu muito comigo esta semana e que foi uma grande incentivadora para este texto:





2 comentários:

Dan disse...

Ange que post lindoooo... Quase chorei lendo, mas to no trem não rola chorar RS... Sério vc descreveu mto bem as mães e fique tranquila, logo logo vc será mamãe e uma maravilhosa mamãe :). Fique com Deus... Bjs

ZINA, . disse...

Angeeeee...quanto tempo que não venho aqui amiga,tô muito preguiçosa pra bloguear. Pra mim ser mãe foi e é uma benção de Deus,amo meus filhos mais que minha própria vida, com eles aprendo todos os dias, a ser mais gente, a ser mais humana a ser mais tolerante com tudo, a ter fé sempre em tempos muito melhores pra nós, enfim a ser pelo menos 50% do que minha mãe foi e é pra mim; mas ter minha mãezinha viva ainda, apesar dos seus 92 anos,é benção maior ainda. Quem dera as mães fossem eternas, não morressem nunca, mas acredito que o mundo é perfeito como Deus o criou, apesar das suas imperfeições, e um dia as mães se vão, e assim é a vida. Desejo a sua mãezinha vida loooooga pra que você possa ainda desfrutar por muito tempo da sua proteção e carinho.


Beijo grande no seu coração!