terça-feira, 1 de março de 2016

Recomeço

Olá.

Faz bastante tempo que não voltava aqui. Quase dois anos! Para mim, este blog já estava encerrado, todavia, hoje senti vontade de escrever novamente aqui. Eu preciso escrever, na verdade. Necessito! Preciso exteriorizar o que estou sentindo. Acho que alivia a dor.

Bom, muita coisa aconteceu comigo desde a última vez que escrevi neste blog. Neste mês de fevereiro, então! Vivi, e ainda vivo, diga-se, várias situações angustiantes. Vou tentar explicar:

Em  novembro do ano passado descobri que estava grávida. Lembro bem do dia em que fui ao laboratório. Desconfiava, mas duvidava, vez que havia apenas dois meses de tentativa. Coincidentemente, Evandro estava de folga naquele dia 05/12/2015, logo, ele estava comigo no momento em que me foi entregue o resultado. 

Quando abri o envelope, lembro que fiquei bastante surpresa. Era um misto de euforia e apreensão. Era o auge das notícias sobre o zika vírus (entenda aqui). Não pensamos duas vezes em correr para a farmácia para providenciar repelentes. A partir daí, liguei para a obstetra e comecei o pré-natal. Evandro, meu marido, estava em êxtase! Aliás, nossas famílias ficaram eufóricas e entusiasmadas. Por parte da minha família, seria o 5º neto dos meus pais; do lado do Evandro, o 1º. Todos muito ansiosos. 

Eu desejava um menino; o Evandro, uma menina. Já tínhamos os nomes: Theodoro (que significa "presente de Deus") ou Catarina ("pura", "casta"). Havia até apostas. Havia os que queriam menino; outros, menina. Eu cá imaginando como seria o rostinho, o cabelo, enfim, na minha cabeça, muitas imagens, muitos desejos. E o mais importante: desejo de muita saúde para nosso pequeno ou pequena.

Fizemos a primeira ultrassom e nos emocionamos com o coraçãozinho batendo em um ritmo normal, sem intercorrências. Ficamos imensamente felizes! Com o passar dos dias, comecei a pesquisar sobre o assunto e descobri que a próxima ultrassom seria a morfológica do 1º trimestre. Ela serve para medir a translucência nucal, osso nasal e ducto venoso (entenda aqui). Eventuais intercorrências, seriam indicativos de alteração genética, entre elas, a síndrome de down. 

No dia do exame, fiquei bastante apreensiva, vez que já sabia de tudo isso. Hoje eu vejo que não deveria ter lido tanto sobre esses assuntos. Melhor ser ignorante. Sofreria menos. 

Bem, lá estávamos nós no consultório de uma médica especializada em ultrassonografia fetal. Ela conversou bastante com a gente, e em seguida nos levou até a sala para a realização da ultrassonografia. Quando vi o nosso filho, fiquei extasiada! Ele mexia muito, mas deu para tirar as medidas que, aliás, estavam boas: TN 2,2 e osso nasal visualizado. De cara eu vi esses detalhes! Porém, quando realizado o exame do ducto venoso, ela percebeu que havia alteração. Ela nos explicou que isso não era necessariamente um problema, porque vários fetos podem apresentar alteração no 1º trimestre e normalizar nas próximas semanas. 

Por outro lado, informou que tal marcador também poderia ser indicativo de alguma anormalidade cromossômica, vez que a maioria dos bebês sindrômicos possue alteração no ducto. A probabilidade de eu ter um bebê com síndrome de down era de 1:131. Meu mundo caiu. Fiquei bastante preocupada. Com certeza iria amar incondicionalmente, mas quem não deseja ter um filho independente em todos os sentidos? Isso me era preocupante. Para o Evandro, tanto fazia. Ele não ficou tão preocupado quanto eu. Achei muito comovente a forma como ele encarou tudo isso. Agradeço a Deus todo dia por ter me dado um companheiro tão sensível e amável. 

Pois bem, eufórica, gravei uns minutinhos do bebê na ultrassonografia e postei no meu perfil no Facebook. Eu estava com dois corações batendo dentro de mim, e isso me era por demais precioso!

Dias seguintes, ao levar o exame para a obstetra, percebemos de cara que ela não havia gostado do que viu. Disse que o feto (até então não sabíamos o sexo) apresentava uma alteração que deveria ser melhor investigada. A partir daí, nos orientou a procurar uma segunda opinião que, in casu, seria a de um renomado médico em Vitória, especialista no assunto. E lá fomos nós.

O tal médico, seco, como a maioria se nos parece ser, ao notar a alteração no coração, informou que poderia ter como causa a tal alteração genética. Aff, já estava meio cansada disso, mas, enfim, faz parte do processo. Inclusive, segundo palavras dele, "no momento em que um casal decide ter filhos, tem que saber que se lançou em um caminho de incertezas", logo, estar preparado para o que der e vier.

 No dito exame, realizado com doppler, ficou constatado que o problema era ainda maior. Nosso bebê era sério candidato a uma cardiopatia, possivelmente grave, e, mais, ser portador de alguma síndrome, entre ela, a mais comum, a de down. Nesse momento meu coração gelou. E agora? Não havia nada a se fazer, senão acompanhar a evolução do problema. O médico sugeriu a realização de biópsia do vilo corial (veja aqui), único capaz de detectar, com certeza, se o nosso filho seria ou não um sindrômico. Porém, diante da probabilidade de aborto (acontece em 1% dos casos), Evandro achou melhor não fazer, visto que em nada mudaria o quadro, já que amaríamos ele independentemente de ser ou não portador de alguma alteração genética. Detalhe: após o rastreamento, a chance de ter um filho com síndrome era de 1:3! 

Voltamos para casa. Chorei litros, no carro. 

Todavia, apesar disso tudo, no dia seguinte senti uma vontade louca de fazer aquele exame de sexagem fetal, que descobre o sexo do bebê apenas através do sangue da mãe. Fiz. A moça do laboratório me entregaria o resultado uma semana depois. Fiquei mega ansiosa, visto que estava louca para comprar a primeira roupinha do nosso bebê! 

Passados alguns dias, fomos novamente ao consultório da obstetra. Lá, com os novos exames, ela foi categórica ao dizer que o bebê poderia nascer: (1) normal (diante de falsos positivos); (2) com alguma síndrome; (3) com alguma síndrome e, mais, cardiopatia, ou, ainda, (4) morrer ainda no meu ventre. Meu Deus, quanta tristeza! 

Nesse momento, diante da minha tristeza, Evandro até cogitou em fazer a tal biópsia, a fim de me deixar mais calma. 

Voltamos para casa. Chorei muito, a noite inteira. Clamei ao Senhor por um milagre.

No dia seguinte, quando fui ao banheiro, vi um sangramento. Pouco, mas capaz de me deixar com uma pulga atrás da orelha. Falei com o Evandro, que naquele dia trabalharia à noite. Ele, calmo e tranquilo como sempre, tirou por menos. De todo modo,  liguei para a médica. Ela pediu para eu fazer uma ultrassonografia e depois levar até ao consultório. 

Consegui uma vaga no fim do dia. Evandro estava lá comigo. Quando o médico fez o exame... Cadê os batimentos cardíacos? Meu filho estava morto. Choramos ali mesmo, na presença do médico. Pedi desculpas, mas ele disse: "Pode ficar à vontade. Estranharia se fosse diferente". 

De lá, corremos para o consultório da obstetra. Cheguei aos prantos. Nessa altura do campeonato, Evandro já não ia mais trabalhar naquele dia e nos próximos que viriam. 

A médica me deu duas opções: ir pra casa e esperar o aborto ocorrer "naturalmente", ou me internar no dia seguinte e realizar o procedimento de indução. Escolhi o segundo, visto que não conseguiria conviver com tamanha dor, dia após dia. 

No dia seguinte fomos para o hospital. Ficamos aguardando a liberação do quarto. Enquanto isso, contei mais de 20 mulheres grávidas e com filhos recém-nascidos chegando  e saindo do local. A tristeza era imensa. Nunca imaginei que viveria tal situação. 

Chegamos às 08h, mas somente às 10h41min fomos para o quarto. Ao meio-dia começou o procedimento de indução ao aborto. Meu Deus, como é triste! De seis em seis horas a enfermeira introduzia dois comprimidos para dilatar o colo do útero. Era sem dó nem piedade, à exceção de uma outra enfermeira que, além de pedir licença para realizar o procedimento, passava um gel no local para eu não sentir dor. Somente na terceira introdução comecei a sentir as contrações, que duraram de meia-noite às 09h30min, quando o feto foi expelido. Nunca senti tanta dor na minha vida! Evandro mal dormiu à noite, diante dos meus gemidos. A sensação de ver o meu filho saindo foi a mais dolorosa. Não pela dor física, porque no momento em que ele foi expelido, ela sumiu. A dor que eu senti foi psicológica. Foi horrível sentir aquilo! Estar no hospital e ver meu filho indo embora de mim. Como dói! Não quis vê-lo. Evandro quis, disse que precisava se despedir. Quando ele olhou, o choro tomou conta dele. Pensei que fosse surtar,  tamanho desespero. 

Eu estava na cama, com meu filho ali, grudado em mim pela placenta. A cama estava suja de muito sangue. A médica veio. Aliás, quando Evandro chamou o corpo médico, vieram umas 5 mulheres para me ver. Me senti invadida. Qual a razão de tanta gente ali ao meu redor? Isso porque era particular, imagina pelo SUS! Isso me indignou! Após a "vistoria" da médica e de enfermeiras e técnicas, todo mundo sumiu. Fiquei ali na cama por um bom tempo, ao ponto de pedir para o Evandro ir atrás de alguém para me tirar daquela situação. Dói, dói muito ao lembrar disso tudo!

Ah, quando a médica veio me ver, perguntei se era menino ou menina. Ela disse que era menino. Meu coração ficou dilacerado!

Após tudo isso,  finalmente me levaram para o centro cirúrgico para a realização de uma curetagem. Chegando lá, uma técnica olhou para o meu filho e disse, com piedade: "Óh, era um menino". Nem tive tempo de chorar, porque a minha vontade de sair daquele lugar era enorme. O anestesista procurando o lugar ideal para aplicar a anestesia na minha coluna me fez tremer de medo. Nunca havia passado por isso, sabe? Enquanto ele aplicava, eu orava, pedindo a Deus para que tudo ocorresse bem. Na minha cabeça passava um flashback. Lembrei-me do Evandro no quarto, chorando por tudo isso que estávamos passando. Até hoje, está tudo muito nítido na minha mente. Quero esquecer; quero deixar para trás tudo isso. 

Quando voltei para o quarto, o drama ainda continuou, porque agora o Evandro precisava levar a minha placenta e o meu sangue (que foi coletado no quarto) para entregar em um laboratório de genética em Vitória-ES. Isso é necessário para identificar e mapear os cromossomos do feto, a fim de detectar alterações que possam originar malformações estruturais do bebê, bem como a presença ou não de doenças genéticas. Eu estava muito preocupada com o Evandro. Só de imaginar que ele sairia dali naquele estado já me causava apreensão. Naquele momento eu nem mais me preocupava comigo, senão com ele.

Para piorar a situação, o meu plano de saúde não autorizou o procedimento por aqui, logo, Evandro teria que passar antes no convênio em Vitória e, em seguida, deixar o material no laboratório. Teria que correr contra o tempo, porque já passava das 14h30min quando ele saiu daqui da cidade. O laboratório fechava às 18h. Detalhe: havia informações desencontradas no hospital. Ninguém sabia direito sobre os procedimentos, inclusive, sobre o feto. O que faríamos? Enterrá-lo? Mandar para biópsia? Optamos pela biópsia. Queríamos saber exatamente do que ele morreu. E para onde levá-lo? Uns diziam que seria em um local em Vitória; outros, que seria aqui mesmo em Linhares, através de um laboratório particular. No final das contas, disseram que seria aqui. Então, Evandro partiu e me deixou aqui preocupada. Como sofri!

Nesse meio tempo, uma colega de trabalho ficou comigo no quarto, me distraindo. Foi a melhor coisa, porque eu estava bem abalada. Minha família e a do meu esposo moram longe, por isso ficou difícil o deslocamento até onde moramos. 

Pois bem, de Vitória, Evandro me ligou, informando que o plano de saúde não autorizou o procedimento. Estava em prantos. Sugeri que levasse o material para o laboratório mediante cheque caução. Assim foi feito, até decidirmos o que fazer. Minha maior felicidade foi quando ele chegou no hospital, por volta das 20h. Chegou já chorando, exausto por tudo que vivemos naqueles dias todos. A médica apenas nos liberou no dia seguinte. Queria voltar logo pra casa, mas não podíamos. Já não havia mais veias nos meus braços para aplicação de soro. Até hoje elas estão doloridas. 

No dia seguinte, mais uma dor: para onde levar nosso filho? Ficamos sabendo que não teria como deixá-lo no laboratório particular. Poderíamos enterrá-lo, mas como seria isso? A médica sugeriu que levássemos para um departamento da prefeitura que encaminha fetos para biópsia. Ok, decidimos por esse caminho. Com dor, mas fizemos. No fundo, queríamos trazê-lo para casa e dar um destino mais digno, mas seria de muita dor. 

Queríamos acabar logo com aquilo, ainda mais porque nos informaram que após o procedimento de análise, eles davam um destino para o feto, enterrando-o em local apropriado para tal fim. Esquisito tudo isso, mas necessário naquele momento. 

Ao chegar ao local que deixaríamos o feto, a encarregada de encaminhar para a análise não aceitou porque os papéis estavam incompletos e  o hospital não teria colocado o peso do bebê, necessário para o encaminhamento. Olha, ficamos bem bravos. Evandro queria morrer! A moça comentou conosco que já cansou de falar com eles sobre tal procedimento, mas parece que não aprendem! Evandro teve que retornar ao hospital e, enquanto isso, fiquei ali conversando com a atendente. 

Aliás, ela me contou que certa vez uma mocinha sofreu aborto de gêmeos. O tal hospital os enviou em sacos plásticos! Como assim??? Ela disse que ficou tão indignada que se fosse sua filha, processaria os responsáveis por tamanha falta de sensibilidade e respeito ao próximo. 

Essas coisas mexem comigo também. Nunca eu deixaria fazer isso com meu filho. Muita falta de respeito. Devemos fazer aos outros o que gostaríamos que fizessem conosco. 

Quando Evandro retornou, deixamos nosso filho lá e fomos embora. Ele estava pesando 152 gramas. Que dor, meu Deus! Várias noites eu pensei nele naquele lugar. Senti muita vontade de voltar lá e pegá-lo de volta. Difícil explicar esse sentimento, mas é real.

Voltar para casa sem ele foi a pior sensação do mundo!

Hoje, passados alguns dias, ainda sofremos com tudo isso. Quando estamos cercados por pessoas, esquecemos um pouco. Até sorrisos brotam de nossos lábios. Quando estamos sozinhos, a dor é dilacerante. Ontem mesmo eu chorei. Chorei muito. Até questionei Deus sobre tudo isso que estamos passando. Porém, pedi perdão. Deus sabe de todas as coisas. 

Estamos tentando seguir a vida. Hoje o Evandro voltou ao trabalho. Eu, ainda não. Por lei, por ser servidora pública, tenho direito a ficar 30 dias em casa. Só não quis voltar antes porque a dor psicológica ainda é grande. Não sei se conseguiria trabalhar direito. A dor física acabou, embora eu tenha sangrado muito nos dias posteriores à curetagem. Hoje ainda há uns resquícios, mas poucos. Quero que tudo isso passe o mais rápido possível. Hoje posso dizer que aprendi muito. Sou outra pessoa. 

Você que quer ser mãe, exija seus direitos. Fomos muito mal atendidos no hospital. Informações  desencontradas parece ser de praxe por lá. No meio da dor é difícil raciocinar direito, mas aprendi que precisamos esquecer a dor e lutar por aquilo que é direito nosso. Ah, ainda sobre o plano de saúde, a alegação foi a de que a médica não detalhou corretamente o procedimento no laudo. E vamos ter que pagar por esse erro que não foi nosso? Para a nossa sorte, o convênio do Evandro autorizou o procedimento. 

Mas uma coisa é certa: engravidando novamente, não pretendo voltar àquele hospital. Outra coisa, aprendi que não sou obrigada a um monte de coisa que ocorreu durante tudo isso, inclusive, a permitir exame de toque sem que me digam se realmente é necessário. Sofri muito com isso. 

Mais: muitas mulheres sofrem aborto ao longo de sua vida reprodutiva, mas cada uma encara a situação de uma forma. Perder um filho com 3 meses, como eu perdi, foi por demais doloroso, visto que criamos um laço gigantesco. Conversávamos com ele diariamente, ainda que fosse cedo para ele nos ouvir.

Nosso filho, que depois descobrimos que era um menino, hoje se chama Theodoro. Passei a minha vida inteira desejando um filho para chamar por este nome. Theodoro significa "presente de Deus", como falei aí em cima. Deus nos deu esse presente, embora por pouco tempo. Ele ensinou a mim e ao meu esposo que o amor verdadeiro e incondicional independe de tempo e espaço. Ele teve uma passagem efêmera por aqui, mas deixou um legado enorme para nós. 

Evandro e eu hoje somos muito mais unidos, muito mais cúmplices e, acima de tudo, muito mais próximos de Deus. Theo veio para nos aproximar de Deus. Foram dias difíceis, mas necessários, avalio. 

A vida passa rápido demais para ser morna. Com ele aprendemos a enxergar coisas que estavam adormecidas. Como diz o livro mais lido pelas misses, "o essencial é invisível aos olhos". E é verdade. 

Ainda hoje estou em casa. Não tive ainda a coragem de sair para pintar o cabelo, fazer as unhas, enfim, voltar à rotina. Estou com a sensação de que envelheci 10 anos nos últimos dias! Mas isso é irrelevante no momento. Quero apenas curar minha dor. O apoio do meu marido foi essencial. Sem ele, acredito que seria muito mais difícil. Deus me deu um companheiro e tanto!

É isso. Eu precisava relatar tudo isso para aliviar o peso e também para deixar registrado uma parte de mim que ainda dói mas que pode servir de alento para alguém algum dia, ou seja, a dor vem, mas vai passar, ainda que demore. 

Só quem passa por isso pode mensurar a dor que é. O grande problema é que desde o início lutamos com dificuldades. Se já não bastasse o temor do vírus zika, nos deparamos com uma malformação fetal que não nos deixou curtir a gravidez como a maioria dos pais. 

Passar pela perda é difícil, mas vamos seguir vivendo. O amor não vai nos deixar esquecer dele, mas sei que vai chegar o momento em que voltarei a trabalhar e levar a minha vidinha corriqueira. Tudo vai ser diferente e menos doloroso, acredito. A saudade vai ficar, mas vamos lembrar dele com a doçura que ele merece ser lembrado. Filho, independentemente do tempo que passa com a gente, vai ser sempre filho. Nosso Theodoro será sempre lembrado. Embora não tenha nascido como um bebê, ele tem nome e sobrenome. 

E sobre o porvir, sei que um dia Deus vai restituir tudo, tudo, tudo! 

Aliás, quando cheguei em casa, a primeira canção que por acaso eu ouvi falava de restituição. Nela eu pude cantar o seguinte verso: "Restitui tudo aquilo que foi consumido pela dor/Traz de volta a alegria dos meus sonhos". Eu creio. 

É isso. Abraço,


Ange. 


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