quinta-feira, 20 de agosto de 2009

foto: da net, desconheço autoria.
Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que
ficaram mais compridos, não saber como encontrar
tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber
como frear as lágrimas diante de uma música,
não saber como vencer
a dor de um silêncio que nada preenche.
Martha Medeiros
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Saudade... palavra que me aperta o coração. Aaaaaaaaaaaah, como dói sentir saudade, meu Deus... Nos últimos dias eu senti muitas saudades de casa. É um sentimento que ninguém consegue preencher, porque é um sentimento diferente, de querer o colo da mãe, de querer estar no seu quarto, de ver TV na sua tv. Sabe como é??? Ainda sinto esta saudade.
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Para quem não sabe, em fevereiro do ano passado eu fui nomeada em um concurso público e saí do estado do Pará e fui para o de Minas Gerais, e desde então estou sem ver o meu pai e meu irmão há um ano e meio!! Depois disso minha mãe veio morar comigo, ajeitar as coisas para que, tão logo meu pai e meu irmão vendessem algumas coisas nossas por lá, todos nós ficassemos reunidos novamente... Todavia, esse dia nunca chegou... Sendo assim, minha mãe retornou para o Pará e eu, atualmente, divido um apartamento com uma colega de trabalho.
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No resumo da ópera é isto: a saudade faz meu coração doer! Na idade que estou pode parecer exagero, já que não dependo financeiramente deles, porém eu falo de dependência emocional. Posso estar com 80 anos, mas sempre vou sentir saudade de estar com eles. Família nunca foi tão importante para mim como tem sido nos últimos anos. As datas mais importantes temos passado separados, como dia dos pais, das mães, aniversários uns dos outros, natal, ano-novo... Há 05 anos não nos reunimos para passar o natal juntos!! Acho muito triste tudo isso...
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Por essas e outras que estou com saudade. Minha vida continua, o tempo passa, não para para esperar ninguém. E cada dia que passamos longe de todos é como seu perdêssemos um pouco um do outro, porque há situações e momentos que não voltam mais. Meu sobrinho João Pedro não conhece o meu pai e meu irmão mais novo. Fotos e vídeos ainda não traduzem um abraço apertado.
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E como bem escreveu Martha Medeiros, saudade é não saber o que está se passando por lá, se estão vivendo bem, se tomaram café da manhã, se minha mãe está tomando direitinho o remédio para pressão alta, se meu pai ainda conta seus "causos", se o pão de queijo que minha mãe faz ainda tem o mesmo sabor de outrora... Ah, difícil viver sem saber, porque mesmo que meus pais comentem como está a vida por lá, não é a mesma coisa que estar com eles, ao vivo e a cores...
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Que Deus nos conceda futuros bons momentos juntos. Assim espero no Senhor.
Beijo.
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ange.

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